Blog

Hipnose clínica pode ajudar jovens com tendência suicida

03/08/18

A incidência de suicídio entre adolescentes e jovens cresce de maneira preocupante não só no Brasil, mas no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já coloca o suicídio como segunda principal causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos.

Tristeza, isolamento e irritabilidade podem ser sinais para que os pais percebam se há algo errado, segundo especialistas. Mas o que muita gente não sabe é que a Hipnose Clínica, ainda pouco conhecida no Brasil, tem sido usada para ajudar jovens com tendência suicida com bastante sucesso em todo mundo, inclusive aqui na região.

“Os jovens são mais suscetíveis, tanto por aspectos biológicos, quanto pelos novos desafios impostos nessa fase da vida”, explica a terapeuta de Programação Neurolinguística aplicada à Saúde e hipnoterapeuta Glaucia Taiano.

Segundo a especialista no tratamento de emoções humanas, não existe um motivo em comum entre todos os casos, mas a maioria deles tem relação com transtornos mentais, como a depressão. “Com a Hipnose Clínica temos conseguido obter sucesso no tratamento desses jovens, pois buscamos a causa raiz dos sintomas emocionais. A partir do momento que conseguimos acessar as passagens nos bancos de memória emocionais e alterá-los, os eventos dolorosos e traumáticos deixam de existir e, consequentemente, deixam de gerar emoções indesejadas em nosso cotidiano. Literalmente, desligamos emoções através da Hipnose Clínica. Assim que todos os sintomas emocionais como, por exemplo, tristezas, frustrações, culpas, deixam de existir, a depressão é curada”, explica Glaucia.

O hipnoterapeuta Dr. Helvecio Guasti Junior, Ph.D em Hipnoterapia e criador da Terapia de Memória Celular (uma das Terapias mais avançadas do mundo no campo da Hipnose Clínica), também usa sua técnica para ir à causa raiz (passagens dolorosas e malsucedidas) do problema. “Assim, obtemos grande precisão e assertividade no tratamento de transtornos mentais passíveis de serem tratados por Hipnose Clínica (desligando os sintomas). O que faz com que os tratamentos sejam ultrabreves e eficazes”.

De acordo com o especialista, em face da melhora emocional, o paciente volta a construir novos comportamentos que geram prazer e aproximação social, o cérebro passa a disponibilizar os hormônios (neurotransmissores) de forma adequada e o transtorno depressivo se torna inexistente e sem a possibilidade de recaída pelos mesmos motivos tratados.

O hipnoterapeuta explica que o cérebro humano possui um mecanismo complexo voltado à preservação da espécie, que faz com que evitemos reincidir em situações traumáticas, dolorosas ou malsucedidas.

“Esse mecanismo envolve o córtex cerebral (camada mais externa do cérebro responsável pela memória racional, atenção, consciência, linguagem, percepção), o sistema límbico (camada abaixo do córtex responsável pelas emoções e comportamentos sociais), a interação dessas duas áreas e os bancos de memória racional (hipocampo) e emocional (amígdala)”.

E como funciona esse mecanismo de proteção e luta por sobrevivência que existe em nosso cérebro?

Segundo o especialista, em toda e qualquer situação que iremos vivenciar, a parte racional do cérebro utiliza os sentidos (visão, olfato, temperatura, etc.) para analisar o entorno, as condições envolvidas. O cérebro processa a informação dos sentidos e avalia possíveis riscos. Rapidamente, através do inconsciente, o cérebro acessa os bancos de memória e verifica as emoções e condições envolvidas em passagens que possam se assemelhar ao que iremos viver. “Caso eu tenha experiências bem-sucedidas em minha vida pregressa, eu me manterei calmo e confiante para enfrentar o que estará por vir. Entretanto se existirem passagens dolorosas e traumáticas, o cérebro fará com que eu tente evitar viver uma situação parecida novamente”.

Conforme Helvécio, para tratar de forma eficaz a depressão, é necessário modificar essas passagens dolorosas e malsucedidas (corrigindo-as nos bancos de memória). “E isso só é possível através da Hipnose Clínica. Utilizando a Hipnose, conseguimos percorrer o mesmo caminho que o cérebro faz ao comparar as memórias emocionais, descobrimos quais memórias causam o sintoma e as corrigimos em tempo real, sanando de forma definitiva a memória dolorosa ou traumática. Sendo assim, quando o cérebro for procurar situações semelhantes com o que vivo agora, ele não irá mais encontrar as passagens dolorosas nos meus bancos de memória, fazendo com que não me sinta triste, frustrado ou culpado com o que irei vivenciar no presente”.

 

Causas mais comuns do suicídio na faixa dos 15 aos 29 anos:

Alguns fatores que favorecem os pensamentos e as tentativas de suicídio durante essa faixa etária incluem:

1 – Depressão

A depressão é a principal causa do suicídio na adolescência. O jovem deprimido prefere ficar sozinho do que sair com os amigos e sentimentos como tristeza e solidão favorecem os pensamentos e o planejamento do suicídio. Não ter um bom amigo ou namorado para conversar, que seja capaz de mostrar compreensão e compreender suas dificuldades, fazem com que a vida seja mais pesada e difícil de suportar.

2 – Problemas amorosos ou familiares

Problemas familiares como perda dos pais, separação, frequentes brigas e discussões, e não ter espaço dentro de casa para expressar suas emoções são fatores que aumentam a angústia e a dor que o adolescente sente, fazendo-o pensar em suicídio. Não se sentir amado pelo companheiro e a falta de amor e compreensão no relacionamento também fazem com que o jovem pense em se matar.

3 – Uso de drogas ou álcool

O alcoolismo e o uso de drogas também favorecem o suicídio porque seu uso já indica que o jovem não está conseguindo resolver conflitos interiores, passando por um momento de angústia ou frustração. Além disso, a atuação nestas substâncias no cérebro modifica as funções cerebrais, o estado de consciência e o pensamento, favorecendo as ideias autodestrutivas.

4 – Bullying

O bullying acontece quando outras pessoas denigrem a imagem ou até mesmo agridem fisicamente a vítima que se sente indefesa, sendo esta uma situação comum na infância e na adolescência, embora seja crime.

5 – Traumas emocionais

Ter sido vítima de um abuso sexual ou maus tratos são fatores que favorecem os pensamentos suicidas porque a pessoa se sente encurralada pelos problemas e não consegue lidar com a dor que sente diariamente. Com o passar do tempo a dor não diminui e a pessoa se sente sempre angustiada e deprimida, o que favorece os pensamentos suicidas porque pode parecer que tirar a própria vida é a melhor solução para resolver o problema.

 

 

Tags:
Compartilhe:

Obrigado por se inscrever. Confira sua caixa de entrada ou spam para confirmar seu cadastro!